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sábado, 28 de novembro de 2009

Loucura




Sou sombra do passado...sou revolta
Sou folha seca...atirada pelo chão
Sou vendaval...esperança morta
Sou lago seco...saudade e solidão

No silêncio da morte...no meu olhar sem cor
No meu coração inerte...ruina de ilusão
Sou farrapo deitado ao vento...sou dor
Sou tristeza...abismo de solidão

Melancolia no meu peito...sentida
Saudade...num sorriso de amargura
Lembranças dolorosas de outra vida
Recordações...num sussurro de loucura

Meu peito aberto em mil feridas
Meus pensamentos de mim distantes
Saudades antigas...por mim sentidas
Ondas de solidão...em todos os instantes

Anoiteço na sombra do meu delirio
Amanheço...na vida mil vezes adiada
Desencontrada de mim...do meu exilio
Da minha alma...antes do tempo sepultada

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

No silêncio dos meus passos



No silêncio dos meus passos, nos meus olhos de uma claridade triste...nas sombras negras dos meus pensamentos, nos pedaços de mim, nas páginas de uma vida...perdida no tempo...recordações dos momentos em que me senti viva...nas noites em que o meu corpo é silêncio de palavras e gestos sonhados, nas horas longas de espera...em que nos perdemos no tempo...de enganos, nas palavras que deixaram de existir...de verdades de quando era manhã no meu olhar...nas ondas do meu corpo...nos meus cabelos negros...no rio que me percorre...no meu rosto de céu infinito...quando ainda era luz...não a ausência dentro de mim, que me afasta de onde tu caminhas... num sonho impossivel...num lugar de esquecimento, de tempo sem esperança, que atravessa a noite interminável...no silêncio dos meus passos...sem destino.



terça-feira, 24 de novembro de 2009

Queixume




No meu queixume...de angustia consentida
Nas lembranças tristes...do destino
Vida no fim...não na partida
Sonhos desfeitos...perdidos no caminho

A noite agoniza no meu sonho
Pesadelos reencarnados...do passado
Lugar assombrado...onde deponho
Minha saudade...nesse mar medonho

Rebusco nas trevas...a luz perdida
Num derradeiro alento de esperança
Na morte...a ilusão da vida
Na vida...as trevas da lembrança

No pensamento...marcas do passado
Velho...gasto...sem sentido
Um imaginário sonho...inacabado
Num soluço ausente...exaurido

Com a noite vem o desespero
Sonhos sonhados...mas não vividos
Vida que tenho...mas não quero
Que foge do alcançe dos sentidos

Meu verso é sangue...amargo e quente
De desalento...como quem chora
Versos de angustia louca...dolente
De vida que morre...sem ver a aurora

domingo, 22 de novembro de 2009

Instantes




Há sempre um breve instante, que se grava para a vida toda...instante ainda tão quente na lembrança...40 anos, pode ser um instante de vida...ou um longo tempo, uma eternidade para tirar da memória do meu lembrar de melancolia...do que não tive...do futuro que deixou de existir, nas lágrimas de um instante...que se deixou passar ou nunca existiu...nos sulcos do meu rosto sem palavras, nos despojos do fim, restos dispersos, do que acabou dentro de mim...num tempo suspenso na eternidade...no infinito da noite fria da realidade...num caminhar só...num encontro que não existe, que se desvanece, no que ficou em mim, num  tempo sem passagem para lado nenhum, na imensa irrealidade que se suspende num existir de uma vida inteira...numa tela em branco...da minha vida....SÓ.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Palavras gastas




As palavras estão gastas...restou a dor
No frio imenso de vida vazia
No silêncio...do tempo sem cor
Gastámos as horas...a alegria
No horizonte longo da saudade
Nas lágrimas de esperas...sem fim
No meu rosto triste...sem idade
No amor gasto...amor que não vivi
No meu tempo...no meu corpo
No silencio eterno...no meu coração
Nas palavras...que já dizem pouco
No tempo que escorre...das minhas mãos
No meu rosto...sombras já serenas
Amor perdido...saudade e dor
Está gasto...vive de amargura e penas
É noite...noite do meu amor

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Murmurios de mim




Ouço o murmurio do tempo, no silêncio do passar dos anos...a minha imagem na sombra, num tempo antigo, a desfazer-se num horizonte longinquo, num murmurio de sons, numa eternidade obscura, num olhar nublado...na alegria morta... do meu tempo perdido, num silêncio submerso na memória de uma vida inteira...no depois do sonho, na inquietação do nada...no olhar de uma vida em ruinas, no horizonte da imaginação...no fundo do tempo de todos os tempos, uma presença obscura dos espectros do meu desassossego, na noite imensa da minha solidão...do lado de lá...de outras vidas...na eternidade dos meus olhos fatigados...suspensos no nada...na espera da minha face cansada...no meu olhar nublado de melancolia, a atravessar a vida, para um passado sem futuro...no espaço aberto do limite do meu vazio, no meu tempo de amargura...na eternidade dos meus olhos parados no tempo...antes do fim.



Neste tormento em que me enterro
Neste silêncio...que grita a soluçar
Neste quarto escuro...onde me encerro
Nesta dor...que não vai acalmar
Na minha face triste...escura
Nuvens esvoaçam no poente
Numa restia de vida...de amargura
Minha alma caminha para o fim...lentamente
Meu corpo...ruina de desalento
Habitáculo triste... de silêncio
Sombra...espectro de sofrimento
Ruina de tristeza...de lamento

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Marcas



Talvez sejas apenas o meu pranto
Chorado em horas tristes...vazias
Nesta solidão...neste desencanto
Que é refugio dos meus dias

Recuso a sombra...na minha alma
Que deixaste... na noite fria
Nesta dor que não acalma
Na solidão...na cama vazia

Quando minhas mãos te tocaram
Não senti nada...não te vi
Os teus olhos me enganaram
Nada me deste...tudo perdi

Quando meus olhos ficaram
Vazios...num vazio sem fim
 Para sempre amortalharam
O que de bom havia em mim

Os Invernos do nosso passado
Gelaram o meu e o teu coração
Envelheceu...ficou parado
Morreu...como a nossa paixão

As linhas marcadas no meu rosto
Contam quem fui...quem sou
Nelas há traços de desgosto
De quem não foi amado...mas amou



terça-feira, 17 de novembro de 2009

Chuva


Chuva a cair no meu peito
Doloroso e triste temporal
Cai no meu sonho desfeito
Noite longa ... vendaval

A noite enluarada...escurece
Minha vida...meu entardecer
Numa lágrima...tudo parece
Acabar a razão do meu viver

Rolam lágrimas no meu rosto
Como um mar  de tempestade
São ondas do meu desgosto
Vagas tristes de saudade

Os meus sentidos dispersos
Não me conseguem dizer
Nestes magoados versos
A razão do meu sofrer

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Caminhos


Caminhamos em silêncio, por entre a névoa da saudade...nos meus olhos turvos de fim de tarde, no vale da minha solidão...no eco das palavras... na paisagem sombria, de uma tristeza calma...num desprendimento já sereno...na traição à vida...num desejo absoluto de esquecer, num sonho alheado de tudo...devaneio de idéias adormecidas...  na minha memória...no apelo terrivel das horas de cansaço...da vida arrastada, pelos caminhos do nada...nas recordações esquecidas, distantes do EU de outros tempos, onde no meu coração era outra.
Nos restos da tua presença, somos sombras de um passado morto...uma lembrança adormecida, que apenas se sente, uma memória sem tempo, de uma verdade que nunca existiu...mas está presente nas lágrimas do meu entardecer...sem volta


Um momento...um sentimento
Não mais que uma vida
Não mais que um lamento
Numa saudade sentida
Infinito...sem sentido
Duma esperança...uma ilusão
Num horizonte perdido
Na sombra duma paixão
Não há luz...não há vida
Nos momentos...no caminho
Nesta mágoa incontida
Triste sina...mau destino

domingo, 15 de novembro de 2009

Silencio


Agitam-se as mortalhas do silêncio...lentamente
Como folhas nos instantes da lembrança
Sustendo em minhas mãos docemente
Nas cinzas...a promessa da esperança
No silêncio do meu olhar... desolação
Esqueço-me de mim...vida adiada
Nos meus longos dias...a imensidão
Da vida que já foi...hoje é nada
Estou perdida...entre a sombra e o instante
Na triste penumbra da solidão
Chamo por um tempo já distante
Onde o dia não era escuridão
Percorre o meu corpo...este sentimento
Que me possui por completo...dolorido
Afogo-me nas brumas do esquecimento
Sem esperança no amanhã...sonho vencido

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

.


Na minha boca vazia dos teus beijos...fria...esquecida, nos lamentos dos tempos que esperei...pelas palavras...pelos gestos, nas manhãs de todos os lugares iluminados...lentos... nos rios revoltos...nos meus lábios...na minha pele sem caricias...no meu olhar sem voz...sem claridade...nas palavras que ficaram no silêncio absoluto...no lugar sem amor...no rosto que se esqueceu...nas asas de céus impossiveis, no silêncio da memória...um abraço...um carinho... no meu corpo...no sexo...perdido nos sentidos, do meu rosto...esquecido dos sentires, de palavras por dizer... de gestos...instantes do amanhã...que foi ontem, rasgando o meu peito...no profundo sentimento, de dias sem horas...nos sonhos dos teus dedos...na minha memória, a percorrer-me o corpo, que deixaste morrer.
No ontem da memória, imagino beijos...no jardim da minha saudade...no meu corpo de menina...no teu silêncio dentro do meu entardecer...na noite interminável...no vazio dentro de mim, sem esperança na ausência das noites distantes de um sonho impossivel, de mãos... de rostos ...de corpos... no silêncio frio da madrugada que nunca chegará.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Desencanto



Quando meus olhos te olharam
Despi de silêncios a minha alma
Quando sedentos em ti poisaram
Na madrugada...fez-se noite calma

Quando tuas mãos me tocaram
Senti a solidão que de ti espero
Quando teus olhos vazios me olharam
Senti mágoa...feita desespero

Nos meus olhos só há desencanto
No meu corpo exausto...gemidos
A voz que te chama é pranto
De desejos acabados...esquecidos

Sou eco de palavras... paradas
Sou silêncio de horas... incertas
Sou chão de folhas pisadas
Sou o medo de ruas desertas

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Desencontro



Nossas vidas...desencontradas
Sonhos de um sonho desfeito
Almas tristes...já cansadas
Restos de vida...mágoa no meu peito

Talvez um resto...de vida
Feito de tudo o que morreu
Feito de esperança...perdida
Que o destino...teceu

Não estamos juntos...nem distantes
Cansados de um querer...não querer
Viver mais... estes instantes
Que não quero mais viver

Como doi este silêncio...esta paixão
Este ter-te...sem te ter
Momentos guardados no coração
Neste querer...sem te querer

Quero ver uma luz no horizonte
Chorar lágrimas...mas resignadas
Partir de mim...para que me encontre
Esquecer-te...seres águas passadas

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Esquecer


Meu coração quer esquecer, mas a memória...tranca-se no espaço do silencio, num lugar vazio, que por mais que tente, não é preenchido, fica marcado pelo lugar de ninguém...num recomeço que não é real...que fica no impossivel das marcas deixadas em fogo... no meu coração...esvaido no ser...no sofrer, no espaço em branco, que já foi colorido, que hoje é sofucante...um choro lento, numa vaga...do espaço cavado entre nós, movendo-se em silêncio...como ser vivo, seguindo para a degradação...do fim, na fadiga de tudo, no anoitecer da vida...na verdade do querer recomeçar...nunca me neguei ao recomeço...mas o meu cansaço...o teu desprendimento de tudo...de mim, que me arrebata e nega-me a vida...que já nada é para mim...apenas um refugio do fim, a verdade do inicio...na obscura imagem do que nunca foi...o vislumbre do nada, é tudo o que me coube, do que nunca mais existirá para...nós.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Não Quero



Não quero mais chorar...o que foi perdido
Quero deixar as lembranças do passado
Que vive em mim...não está esquecido
Tempo perdido...desperdiçado

Não quero mais meu olhar de lágrimas
Chorar o que podia ter vivido
Todos os momentos...todas as páginas
Do livro do destino...enegrecido

Não quero mais lastimar o passado
Quero esquecer dores...momentos
Quero esquecer um amor... maltratado
Não pensar em ti...no sofrimento

Não quero mais suspirar...nem pensar
Não mais recordar...quero esquecer
Não mais lembranças...a magoar
Não quero mais chorar...nem sofrer

Não quero mais dias tristes...cinzentos
Quero descansar minha alma...cansada
Não quero mais ausência...nem lamentos
Queria...quero ainda amar e ser amada

domingo, 8 de novembro de 2009

Memória



Sou memória passada...esquecida
Minhas lembranças...são desalento
Sou alimento da dor... sou despedida
Sou folha esquecida...sou tormento

Sou luz de moradas obscuras
Sou lágrima de prazeres esquecidos
Sou nascer do dia...trevas escuras
Sou lago de pantanos perdidos

Sou gemido...vida perdida
Sou folha de terra queimada
Neste limiar de despedida
De vida...sem alvorada

Sou tormento...sou abandono
Neste choro de mar imenso
Sou folhas mortas de Outono
Sou raíz do meu silêncio

sábado, 7 de novembro de 2009

Folhas


No verso desta folha...nas sombras das letras que escrevo, como marcas de solidão...de palavras sedentas, de sons que morrem na barreira do esquecimento...morrendo em ti...como semente inutil...das árvores enterradas nas profundezas do tudo...e nada, na razão de todas as coisas, que não existiram...no reverso do que não foi...na sombra da tua impremanência comigo...sem mim...numa escrita que se desfaz no tempo infinito da incerteza...na noite que escurece os meus dias...de instantes sem caminhos...sem lucidez, só o vazio...das sombras de crepúsculo onde estou...nos caminhos sombrios que percorro,nos passos que dou para o infinito...num fogo lento de tédio, que me empurra para o negrume da noite...na vida presa por um fio invisivel de morte...no efémero de eternidade...no instante do abismo...no profundo da nudez da alma...no silenciamento do instante sem caminho...onde nada me espera no fim.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Minhas horas




As horas passam...num longo pesadelo
Momentos de sombras...esquecidas
Tempo sem tempo...onde nada espero
Vagam em mim...saudosas...perdidas

Tormentosas...tão negras...tão frias
Uma mágoa morta...soluçante
Espinhos de duras agonias
Numa alma triste...errante

Tristeza... solidão...sonhos meus
Nas sombras paira meu espirito
Os meus medos...meus anseios
No fundo de mim...escuro labirinto

No olhar das horas...meu sofrimento
Nas manhãs...um novo recomeçar
No silêncio...de momentos...de lamentos
No meu olhar...dentro do meu olhar

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Meus Olhos...



Nos meus olhos de lágrimas...vazios
Ainda existe vontade...querer
Mesmo que os tristes...sejam dois rios
Que a luz se extinga...deixem de ver

Na noite... na lua envoltos
Negros de silêncio...de tortura
Tinham brilho...estão mortos
Cegaram ...são noite...noite escura

No profundo abismo do infinito
São nuvens...pássaros sem vida
Neste longo e triste labirinto
Estão cegos...estou perdida

Ficou-lhe o brilho das trevas
A tristeza os envolve...os cansa
Nas sombras onde me levas
Não há luz...nem esperança

Tão tristes...tão cheios de mágoa
Envoltos em escuridão...feridos
Sempre banhados em água
Olhando o infinito...perdidos

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Queria



Queria ser a sombra do teu desejo
A tua noite...o teu amor
Queria ser o teu beijo
Queria ser tudo...menos dor

Queria ser seiva...do teu segredo
Queria ser cama...ser chama
Queria ser tua...sem medo
Queria ser tudo...sou lama

Magoa-me a saudade...dos corpos
Doi-me a distante lembrança
Quando nos amávamos...loucos
Não havia amargura...só esperança

Nas trevas do meu corpo...espero
No poço dos sentidos...anoiteço
Sonho imaginário...que não quero
Um amor que já não peço

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Ausente






Percorro meu sentimento
Perco-me de mim...ausente
Pedaços do meu pensamento
Num conflito permanente

Estou perdida nesta ausência
De horas vazias...no vazio
De palavras...de demência
Noites mal dormidas...a fio

Solidão...meu poente de loucura
Ando perdida...incompreendida
Nas asas frias da amargura
Voando na morte...voltando à vida

Sou uma árvore...já tombada
Folhas mortas...pelo chão
Pela vida derrubada
Atraiçoada pelo coração

domingo, 1 de novembro de 2009

Não te quero






 
 
Solidão eu não te quero
Porque vens...se me fazes mal
Não te quero...mas te espero
No dia...na noite e no luar

Não te quero...não és amada
Cansa-me estares sempre a meu lado
Vens na noite...vais na madrugada
Não te quero...fica no passado

Vejo-te nos meus olhos tristes
Que por ti, não mais choram
Não me matas...não existes
Deixa-me...eu te imploro

Invoco-te nos meus sonhos
A tua imagem está gravada em mim
Nos teus braços eu deponho
Esta solidão que não tem fim